França

Palácio de Conciergiere. 

Hôtel de Ville
Paris
Paris sempre foi uma cidade que eu quis conhecer… Já tínhamos pensado lá ir mas, uma conversa casual com familiares que moram na cidade luz, fez com que tomássemos a decisão mais rapidamente. Estava então decidido, em Agosto iríamos ter com eles a Paris. E assim foi, no mês de Agosto de 2010 apanhámos o avião rumo a Paris! Estava ansiosa por ver a cidade e o que faz dela a “MARAVILHOSA CIDADE LUZ”. Ter alguém que nos ajudasse a perceber como funciona a rede de transportes e a dar indicações de como chegar aos locais mais representativos, foi uma mais-valia nesta nossa viagem.
No dia seguinte, bem cedo, partimos à descoberta de Paris… Comprámos o Paris Visit Pass para 3 dias, assim podíamos andar de metro sempre que necessário e ir aos vários locais emblemáticos durante os dias que estivéssemos na cidade. A primeira saída foi no Hôtel de Ville, que  é a Câmara Municipal de Paris, um edifício lindíssimo, bem perto do Rio Sena. Passando a ponte para pequena ilha chamada Île de la Cité, rodeada pelas águas do rio encontra-se a Catedral Notre Dame. Na catedral existem quase duzentos vitrais, alguns entre os maiores construídos na História. Depois de visitar a Catedral seguimos em direcção ao museu do Louvre… dizem que é preciso um dia inteiro para percorrê-lo, e mesmo assim não dá para observar tudo. Nesse dia não fomos ver o museu, porque as placas como horário e os preços indicavam que às sextas-feiras o museu estava aberto ate as 22h e que depois das 18h o preço do bilhete era reduzido e passaria a custar 6€! Decidimos voltar lá no dia seguinte que era sexta-feira!
Seguimos então caminho pelo jardin des tuileries, um dos jardins mais antigos e importantes de Paris. Está situado entre o Museu e o Carrousel du Louvre, o rio Sena, e Place de la Concorde e é considerado património mundial pela UNESCO. Atravessando o belo e refrescante jardim chegamos à maior praça da capital francesa, uma das mais famosas e palco de importantes acontecimentos da História da França, a Praça do Concorde, onde mais de mil pessoas foram guilhotinadas, incluindo Luís XV e Maria Antonieta.
Arco do Triunfo
A Avenida dos Campo Elísios vista do alto do Arco do Triunfo
Aqui começa a imponente Avenida dos Campos Elísios e ao fundo já se vê o Arco do Triunfo.
Escusado será dizer que percorremos os Campos Elísios ate ao famoso arco, monumento construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte. Vale a pena subir lá acima e ver de onde partem as doze principais avenidas da cidade.
Apanhamos novamente o metro até Montmartre, descobrindo um bairro típico situado numa colina com ruas apinhadas de vendedores ambulantes e turistas. No alto da colina situa-se a Basílica de Sacré Cœur. Subimos de elevador até à Basílica do Sagrado Coração, ali a vista sobre Paris é magnífica.
Á noite fomos até à popular zona da Bastilha que oferece uma grande variedade de bares e esplanadas.
Les Invalides

Ponte Alexandre III com a Torre Eiffel ao fundo
Museu d'Orsay
No dia seguinte o objectivo era a Torre Eiffel, um dos símbolos de Paris e o Museu do Louvre. Saímos na estação perto do Arco do Triunfo e percorremos uma das avenidas até ao Rio Sena, passando pelo Museu d’Orsay com uma fachada lindíssima. Passando uma das mais belas pontes sobre o rio, a ponte Alexandre III avista-se a cúpula dourada de Hôtel des Invalides.
Trocadero ao fundo

Vista do segundo andar da torre Eiffel
 


Era aqui que viviam os ex-combatentes de guerras e é lá que estão depositados os restos mortais de Napoleão Bonaparte. Todo o monumento é impressionante. Daqui seguimos para a Torre Eiffel.  
Subimos ao segundo andar (120m) pelas escadas pois a fila para o elevador era assustadora… subir os degraus ate ao primeiro andar deixa-nos de rastos mas a vista dá-nos vontade e força para subir ao segundo! Já ao terceiro é que era preciso coragem e não ter medo de alturas, como eu! Por isso ficamos pelo segundo… Quando descemos estendemo-nos na relva do jardim do Trocadero para o merecido descanso. Depois disso seguimos para o Louvre, às 18h queríamos lá estar, para aproveitarmos ao máximo a visita ao museu.
Museu do Louvre
A entrada do museu é pela pirâmide.
O museu abrange oito mil anos de cultura e civilização Oriental e Ocidental, é enorme e tem variadas colecções da Grécia e do Egipto; pinturas francesas e italianas, esculturas renascentistas, mobílias medievais… e o mais famoso quadro que todos querem ver: a Mona Lisa!
Saímos do museu já passava das 22h, e com a sensação que ficou muito para ver. E dirigimo-nos de novo à Torre Eiffel, só pelo prazer de a ver toda iluminada.



Ópera
Andamos mais um dia por Paris visitando os Jardins du Luxemburg, o Panteão, a Ópera com uma arquitectura linda, também conhecida por causa do Fantasma da Ópera.
Para completar o dia parisiense fizemos uma caminhada pelas praias na margem do rio Sena. São simplesmente canteiros de areia onde as crianças brincam e fazem castelinhos enquanto adultos ficam nas cadeiras a apanhar sol. Têm até zonas com chuveiros para se refrescarem.
Panteão




Do outro lado do rio a fachada impressionante do Palácio de Conciergiere que hoje é o Palácio da Justiça, mas já foi presídio. Foi onde Maria Antonieta passou os últimos dias de vida.
Arco de La Defense
Visitamos também a moderna zona de La Defense. Onde a principal atracção é o arco de La Défense, um cubo oco de 112 metros de altura coberto de mármore branco e aberto no centro, apoiado por 12 pilares de 30 metros cada, simboliza uma janela aberta ao mundo.











Palácio de Versalhes


Jardins do Palácio de Versalhes

Já que estávamos em Paris tínhamos de ir a Versalhes! As imagens desse Palácio sempre me fascinaram e agora que estava tão perto…tinha mesmo de lá ir. Dois amigos foram ter connosco a Paris, mas vieram de carro. Tínhamos combinado ir a um dos parques temáticos de Paris e a Versalhes e depois seguiríamos dois dias com eles até ao Vale do Loire, onde apanharíamos o TGV de novo para Paris para o aeroporto. E assim foi, fomos ter com eles a La Defense já que eles estavam no camping nos bosques de Bolonha e seguimos para Versalhes.
Entrada do Palácio De Versalhes

Considerado um dos maiores do mundo, o Palácio de Versalhes é um dos pontos turísticos mais visitados de França.


O mais complicado quando lá chegamos foi mesmo estacionar o carro! Mas lá nos arranjamos perto de uma das entradas laterais do Parque que da acesso aos jardins. O parque é magnífico e enorme e andavam imensos turistas por ali. Depois de um rápido piquenique seguimos para a entrada do Palácio, que viemos a saber, ainda era longe! Teríamos de contornar o parque e andar mais de 1km, mas o passeio foi agradável pois não chegamos a sair mesmo do Parque. Quando finalmente chegámos, a fila para comprar bilhetes era enorme…mas nos esperámos pacientemente! Por fim chegou a nossa vez. Lá entrámos e de sala em sala, vendo os aposentos do rei Luís XIV e da rainha Maria Antonieta cada sala com suas cores, pinturas e mobiliária da época ate que chegamos a sala que todos queriam ver: a galeria dos espelhos. 
É uma das salas mais famosas, um salão de baile espectacular, cm 72 metros de comprimento e 17 espelhos enormes. Eram projectados para reflectir a pintura do tecto, que ilustrava e homenageava os primeiros anos do reinado de Luís XIV. Do outro lado da sala, uma fileira de janelas se abria para os enormes jardins. E aqui imensa gente… 

Galeria dos Espelhos
Passámos pela capela, pelos aposentos dos príncipes e saímos para os magníficos jardins.
Vimos muita coisa mas muitas ficaram por ver pois o parque é enorme e há outros edifícios adjacentes ao Palácio que foram acrescentados pelos reis e rainhas que por lá passaram como o Grand Trianon e o Petit Trianon.


Disneyland


A entrada do Parque.

A ida a Paris não ficava completa se não fossemos a Disneyland!
A casa assombrada
Tínhamos decidido ir a um dos parques temáticos de Paris, num dos pontos de informação turística espalhados pela cidade encontrámos uns panfletos que ofereciam uma entrada grátis na compra de outra para o Parque Astérix! Estava decidido. Mas quando nos pusemos ao caminho mudamos completamente de ideias… A Disneyland era onde todos queríamos mesmo ir! E foi para onde fomos e onde passamos um dia inteiro deliciados como quatro crianças!!  O parque está dividido em 5 áreas: Mainstreet, Frontierland, Adventureland, Fantasyland e Discoveryland. 


Frontierland

na casa da Familia Robinson
Em cada uma há uma estação de comboio onde se pode subir ou descer ou simplesmente dar a volta toda ao parque para se ter uma noção geral do parque. Nos começamos por Frontrierland, terras de índios e cowboys. Fizemos uma viagem de barco pelo rio, com pormenores muito interessantes como as cabanas a beira-rio, os alces e as tendas de índios. Seguimos para a casa assombrada…Entramos na biblioteca e tem-se a sensação que estamos descendo para o porão, pois os quadros vão subindo. Comodamente sentados em cadeiras individuais percorremos os terrores da casa. Comemos num dos muitos restaurantes nesta área decorados convenientemente. Aqui apanhamos o comboio e demos a volta ao parque. Claro que para não perdermos nada saímos no mesmo local! Seguimos para a cabana da família Robinson, feita numa árvore ilustrando o modo como esta família supostamente vivia. Descemos ao interior da Terra, passamos pontes suspensas e entramos na terra dos piaratas para um passeio de barco, com cenas muito reais, como uma batalha entre um navio  pirata e um forte, depois passamos por vilas cheias de situações animadas e muito bem feitas. Saímos de lá um pouco molhados.

A montanha russa do Indiana Jones é um pouco assustadora e conta com um looping, mas entrando já não da para voltar para trás! Depois de todas estas animações procuramos algo mais calmo na Fantasyland e demos um passeio de barco bem calmo por “ It’s a Small World”Bonecos com fantasias representando vários países e cenários coloridos com trajes típicos encantam as crianças e adultos também. Fomos as Castelo da Bela Adormecida e dávamos mais umas voltas pelo parque quando anunciaram o início da Parada, aproveitamos para comprar umas pizas para comermos enquanto assistíamos ao desfile dos heróis da Disney. 
A casinha da Branca de Neve e dos 7 anões.
As princesas e príncipes na Parada
Procurando algo mais calmo depois lá fomos para mais um passeio de barco pelo pais do conto de fadas, com todas as historias que povoam o nosso imaginário de infância, desde a casinha da Branca de Neve e a mina dos 7 anões e o castelo da Bela e o Monstro. Entrámos depois numa aventura da guerra das estrelas na área de Discoveryland. Pensando que ia ser uma experiência calma deparamo-nos com um simulador com  movimentos turbulentos. Estávamos numa nave espacial dirigida por um robô completamente maluco. Os efeitos são espectaculares e parece que vamos cair no espaço a qualquer momento!
Estava a anoitecer e dirigimo-nos de novo a frontierland para a montanha russa big tunder, um passeio pelas minas abandonadas. 
Big Tunder: a montanha russa na mina abandonada.


O pior de tudo são as filas para cada diversão, mesmo assim experimentamos praticamente tudo o que havia para experimentar, passamos lá o dia inteiro!

Pormenores durante o passeio no Mississipi.
A meia-noite, no encerramento do parque, pudemos assistir a outra parada e ao fogo-de-artifício! Adoramos a experiência e concordamos que o parque divertia mais os adultos que as crianças! Pois há muitas diversões que os miúdos não podem entrar, pela altura e pela idade!



Vale do Loire
Castelo de Chambord

Depois de quatro dias em Paris e um na Disneyland, a viagem seguiu para o Vale do Loire, uma região a cerca de 180km da capital, o local ideal para terminar as férias. A região é conhecida por ser o jardim de França e é nesta área que está a maior concentração de castelos por km quadrado ao longo do rio Loire e seus afluentes.
Estávamos com uns amigos que nos foram encontrar em Paris, pelo que tínhamos carro para podermos visitar alguns castelos. O único meio de transporte com que teríamos de nos preocupar era em apanhar o TGV de volta a Paris, no dia do regresso a Portugal, já que eles regressariam de carro e ainda dispunham de mais dias de férias! 
Neste ficamos a porta

Como o tempo não dava para muito e as entradas são bem caras (cerca de 10€ cada), decidimos eleger apenas dois castelos para visitar. Rapidamente chegamos ao acordo de que deveríamos, sem dúvida, visitar Chambord e Chenonceau e, se tivéssemos tempo, o de Cheverny.
Estrada do Vale do Loire.
Tudo limpo e florido na berma da estrada
Chambord
Foi fácil chegar a Chambord e há imensas indicações para o castelo e um bom GPS ajuda bastante. 
A região é, de facto, lindíssima, rodeada de bosques e canteiros de flores ao longo da estrada, uma maravilha! Chegámos a um enorme parque de estacionamento nas imediações do Palácio, mas ainda tivemos de percorrer o caminho a pé um bom bocado até vislumbrarmos o castelo. Enorme, imponente, deslumbrante, único... com um muro a toda a volta com32km de comprimento, aberto por 6 portas, a propriedade constitui o maior parque florestal fechado da Europa. 


Ficamos completamente deslumbrados com este castelo com 282 chaminés e partimos a descoberta de mais. 

Seguimos para Cheverny, já que ficava a caminho.
Bem mais discreto mas de extrema elegância, este Palácio é uma propriedade privada aberta ao público. 

Saida de Cheverny, com o Tintim a janela!

Castelo de Cheverny
No castelo existe uma exposição permanente dedicada a Tintim, pois foi a partir dele que Hergé (seu criador) desenhou o Castelo de Moulinsart. Os fãs de Tintim, claro que sabem tudo isto, mas eu fiquei um pouco admirada ate perceber a relação!
Já estava na hora de fechar por isso a visita foi só por fora, só para admirar a fachada!
Seguimos então caminho em direcção a Chenonceau, parando algumas vezes para admirar mais um castelo, um palácio, mas claro que já estava a ficar tarde e a ideia era encontrar um parque de campismo, o mais perto possível.
E mais um castelo pelo caminho!

E mais perto, só mesmo dentro do Castelo! Ficamos no camping municipal de Chenonceau, mesmo ao lado do palácio e por incrível que pareça, muito barato, mas também só dispunha do mínimo e essencial! Era o ideal para passar a última noite em França, dormir naquela atmosfera medieval, não fosse a linha de comboio mesmo ao lado e os comboios sempre a passar! 
Depois de percorrer a estrada ladeada de plátanos, o castelo ergue-se a nossa frente.
O magnifico Castelo de Chenonceau.


Chenonceau é conhecido como “castelo das mulheres” por ter sido construído e habitado por Diana de Poitiers e depois por Catarina de Médicis (respectivamente, amante e mulher do rei Henrique II...) Concordo com o facto de ser considerado como o mais belo da região, é sem dúvida diferente de todos, muito elegante e impressionante. De todos é também o mais visitado.
Como característica única é que estende-se em cima do Rio Cher como uma ponte, numa grandiosidade imponente suportada nos seus arcos sobre o rio. Os jardins e os bosques em redor são espectaculares, o interior também muito interessante, destacando  os quartos de Diana e de Catarina e a sua cozinha original! 
Quarto de Diana de Poitiers.




Belos jardins de Chenonceau

Chegou a hora da partida, e de apanhar o TGV para Paris um pouco mais longe do que pensávamos pois tivemos de ir para uma terra chamada s. Pierre des Corps, mas correu tudo bem e dali a pouco estávamos de novo em Paris, na Gare Montparnasse, junto a enorme torre Montparnasse… para apanhar o autocarro que nos levaria ao aeroporto e ao fim das férias!