Itália

Itália: Veneza, Florença, Pisa e Roma...

Foi em Março de 2010 que fomos até Itália, queríamos aproveitar para conhecer algumas cidades, pelo que decidimos ir a Milão, Veneza, Florença e Roma. para nos deslocarmos a todas as cidades utilizamos o comboio, um meio simples e rápido e muito fácil de usar em Itália.

MILÃO
No primeiro dia ficamos em Milão, visitamos a famosa catedral e a galeria Vittorio Emanuele II, sem esquecer a impressionante Estação Central. No segundo dia estava um frio de rachar e era dia de partir para Veneza.





VENEZA

A Basilica de S. Marcos (em obras, pois claro!)
Veneza é mundialmente famosa pelos seus canais. O Hotel ficava mesmo em frente a estação de Santa Lucia, mas do outro lado do canal. Aqui o frio era ainda mais frio e as pontes sobre os canais estavam cobertas de sal!! Achamos que era para evitar formação de gelo...Nessa tarde andamos pelas ruas e pontes da cidade, completamente maravilhados com a descoberta de uma cidade sem transito!! Paramos num típico restaurante para comer uma deliciosa piza, das melhores que comi ate hoje, mas também estávamos famintos!!Já no final do dia chegamos a famosa praça de S. Marcos com a basilica, a mais famosa igreja de Veneza. É mesmo uma praça magnifica, a basílica, o palácio dos Doges e espectacular Ponte dos Suspiros. Esta ponte unia a antiga prisão da Inquisição com o Palácio Ducal e era o último trajecto que os prisioneiros realizavam antes de morrer. Por isso se conta que ouviam os suspiros dos réus que passavam por aqui ao ver pela ultima vez o mundo externo.
No dia seguinte...surpresa!!! Tinha nevado de noite e a cidade estava coberta de branco, dando outra beleza à cidade.
Gondolas cobertas de neve.
A Ponte de Rialto
Andamos "à deriva" pela cidade apreciando a arquitectura dos edifícios, surpreende-mo-nos com os meios de transporte organizado, tudo funciona em barcos!! Tem mesmo de ser, não há outra maneira. Curiosamente assistimos a um funeral, num barco funerário, pois claro! o cemitério fica numa das ilhas, a de S. Michele e tem como alcunha "a ilha dos mortos"...

FLORENÇA
É a capital da bela região da Toscana.
Depois de um belo almoço italiano fomos a descoberta da cidade e ficamos logo impressionados com o Duomo, a Catedral...Magnifica, toda construída em mármore rosa, verde e branco!!Passear nas ruas desta cidade é quase como visitar um museu ao ar livre, as praças, as esculturas,os jardins...Um dos cartões de visita é a Ponte Vecchio, foi construída para servir de passagem a família Médici ao atravessar o rio, sem ter de se misturar com o povo.Para desfrutar de uma vista fantástica sobre a cidade tem de se subir ate à praça Michelangelo.
PISA
O duomo é lindissimo

É conhecida por todo mundo pela sua torre inclinada. Foi quando chegamos a Florença que decidimos visitar Pisa. Estávamos relativamente perto, e na estação descobrimos que era apenas 1h de comboio regional. Assim, de manha apanhamos um comboio para Pisa e regressaríamos ao final da tarde a Florença. Da estação ao Campo dos Milagres ou Campo dei Miracoli são cerca de 20minutos a pé, passando pelo centro de Pisa e a ponte sobre o rio Arno. Quando chegamos ao destino e depois de dar umas voltas e apreciar todo o encanto do local, decidimos que tínhamos de subir a torre! 
O guarda ainda me tentou convencer a subir....

O preço é um bocadito caro, cerca de 15€ e em grupo limitado, mas a experiência de subir uma torre com toda aquela inclinação é única. 
A vista la de cima é espectacular
  As escadas estão gastas só de um lado e a inclinação quase nos obriga a ir encostados à parede num dos lados! Subir tantos degraus chega a ser divertido, pelo modo como nós também nos inclinamos ora par um lado, ora para o outro! Chegando lá acima a sensação é indescritível. A inclinação do último andar é de quase 5metros em relação à vertical. Mas eu fiquei pelo sétimo! A subida para o último andar é aterradora para quem, como eu, detesta alturas! 
O Campo dos Milagres visto de cima


Palazzo dell’Orologio












Pormenor do sino no alto da Torre!
No regresso à 
Palazzo dei Cavalieri
estação percorremos outras ruas e admiramos as fachadas e outros monumentos interessantes de Pisa como o Palazzo dell’Orologio na Piazza dei Cavalieri ou o Palazzo dei Cavalieri, na Piazza dei Cavalieri,


ROMA
Quirinale
Apanhamos o comboio em Florença em direcção a Roma, mas desta vez escolhemos um tipo “regional” demoramos muito mais tempo, mas a viagem foi bastante agradável e deu para apreciar melhor a bela paisagem italiana. Chegamos a estação de Roma Termini e fomos a procura do hotel. Este também foi fácil de encontrar apesar de ficar um pouco mais distante da estação que os outros. Fizemos chek in, pegamos no mapa da cidade disponível na recepção e subimos a pousar as malas no quarto mas descemos rapidamente para procurar um local onde comer qualquer coisa. Como havia muita gente e muita animação perto da estação, foi para lá que nos dirigimos. Atravessamos um pequeno jardim e chegamos a Piazza della Repubblica, ai nos instalamos numa esplanada a comer um belo e apetitoso hambúrguer!! A fome já começava a apertar e resolvemos não procurar muito mais… enquanto isso, íamos estudando o mapa da cidade para decidir por onde começar.
Fontana di Trevi
Resolvemos então dar uma volta a pé, fomos caminhando até San Carlo, com as quatro fontes em cada esquina do cruzamento, daqui seguimos pela via Del Quirinale até ao Palácio Quirinale, um antigo palácio Papal que actualmente é a residência oficial do Presidente da Itália, sendo um dos símbolos do Estado italiano. Daqui descemos os degraus bem junto ao Palácio e seguimos pelas ruas cheias de turistas até a fabulosa Fontana di Trevi. Junto a esta fonte a concentração de turistas é enorme, todos querem atirar uma moedinha na famosa Fontana. 
Depois de descansar um pouco seguimos em direcção a Piazza de Spagna, foi fácil lá chegar apesar das centenas de pessoas que andavam por aquelas ruas.
Trinita dei Monti
No centro da praça há uma fonte (mais uma) em forma de barco e mesmo em frente a monumental escadaria que levam a igreja de Trinità dei Monti. Subimos os degraus ate a igreja e dali partimos para os jardins do Pincio, passando por Villa Medici, um belo palácio. Uma das maiores atracções deste é a Piazzale Napoleone, um terraço imenso que oferece uma esplêndida vista panorâmica de Roma e da Piazza del Popolo, logo em baixo.
Piazza del Popolo é uma elegante praça com igrejas deslumbrantes como a Igreja Santa Maria del Popolo e as duas igrejas que estão juntas uma à outra, a Santa Maria dei Miracoli e a Santa Maria in Montesanto. Temos que as observar durante algum tempo para perceber que não são iguais. No centro da praça está um obelisco com 25 metros de altura. Havia eleições nos próximos dias e a praça estava cheia de gente em manifestação política, foi uma pena porque não pudemos admirar devidamente esta famosa praça.
praça do popolo

Já um pouco cansados e com metade de Roma percorrida fomos andando em direcção ao rio Tibre, ou Tevere em italiano. Ao passar a ponte vimos a cúpula da Basílica de S.Pedro no Vaticano, decidimos ir até lá! Mas fizemos o caminho sempre junto ao rio, passando por belíssimas pontes, pela Piazza del Tribunal com um espectacular edifício, parando no Castelo de Sant’Angelo, mesmo em frente à Ponte de Santo Ângelo junto ao Rio Tibre. Há uma passagem que liga o Vaticano a este castelo para que os papas pudessem utilizá-la em situação de perigo. 

Ponte de Santo Ângelo
Castelo de Sant’Angelo
 Até ao Vaticano foi um saltinho, já começava a escurecer e só pudemos ver a Piazza de San Pietro. Fantástica! Metemo-nos de novo ao caminho em direcção ao centro de Roma, passamos a Ponte Vittorio Emanuele II e seguimos pela rua com o mesmo nome. Paramos na piazza venezia para admirar o monumento Vittorio Emanuel II (o primeiro rei de Itália). Aqui resolvemos entrar num snack-bar para jantar, não me lembro do nome do café mas fomos muito bem servidos e ainda nos ofereceram um gelado para sobremesa, que estava delicioso!! Já passava das 8h da noite quando nos pusemos de novo ao caminho, por uma avenida povoada de turistas junto ao fórum romano, onde se vislumbrava o Coliseu ao fundo… Apesar de cansados não queríamos deixar de ver o Coliseu de Roma à noite e fomos ate lá. É de facto um monumento impressionante! Daqui apanhamos o metro ate ao hotel. É relativamente fácil andar de metro em Roma, visto só haver duas linhas, mas as estações e o próprio metro assustam um pouco à primeira vista!!
Interior da Basilica S. Pedro
No dia seguinte, era Domingo, e resolvemos andar num dos bus turísticos, assim percorríamos os principais pontos turísticos, podendo subir e descer do Bus sempre que nos apetecesse. Decidimos seguir directamente para o Vaticano, com sorte víamos o Papa. A avaliar pela concentração de gente e turistas na praça de S.Pedro diria que estávamos com sorte! Enquanto toda a gente se preocupava em escolher bem um lugar para melhor ver Bento XVI, nos resolvemos ir ver a Basílica, a maior igreja do mundo (O Papa só aparecia a janela para saudar o povo ao meio-dia, o que nos dava algum tempo). 
A guarda suíça do Vaticano
Nenhuma visita a Roma ficaria completa sem uma visita a esta igreja. Consegue receber  mais de 60.000 pessoas, sendo um dos lugares mais sagrados do Cristianismo. Na  igreja está o túmulo de São Pedro em baixo do altar principal. Muitos dos outros papas também estão enterrados na basílica, inclusive João Paulo II. O interior foi preenchido com muitas obras-primas do Renascimento e do Barroco. Entre elas, a mais famosa, a escultura denominada "Pietá", de Michelangelo, uma obra-prima sem dúvida alguma. Belíssima! O interior da cúpula foi decorado com composições de mosaicos formando uma figura que ilustra os círculos angelicais do céu. 

Dentro da basílica encontra-se também uma estátua de S. Pedro em bronze, sentado numa cadeira. Dizem que de cada vez que o Papa entra na basílica beija o pé de S. Pedro e muitos turistas quando entram também tocam no seu pé, e é notório um enorme desgaste nesse ponto da estátua! Saímos da basílica mesmo a tempo de ver o Papa surgir a janela a abençoar o povo em diversas línguas, inclusive em português! Procuramos a entrada para o museu do Vaticano mas para surpresa nossa e dos muitos turistas a porta, o museu fecha ao Domingo! Tínhamos de lá voltar no dia seguinte!
O Papa Bento XVI


Monumento Vittorio Emanuele
A entrada para o museu do Vaticano
Interior do Coliseu


Coliseu
Era hora de voltar a apanhar o bus e parar no coliseu de Roma, uma das 7 maravilhas do Mundo. Incrível ver uma obra com mais de dois mil anos. O maior e mais famoso símbolo do Império Romano, o Coliseu era um enorme anfiteatro reservado para combates entre gladiadores ou opondo esses guerreiros contra animais selvagens. E é mesmo impressionante que com tudo o que se passou na cidade, as guerras, tempos de escassez, e catástrofes naturais tenha chegado aos nossos dias para contar um pouco da Historia de Roma.
Visitamos o coliseu e seguimos para o Circo Massimo onde voltamos a apanhar o bus ate ao monumento Vittorio Emanuel II. Aconselho vivamente a subir ate ao terraço deste esplêndido monumento e desfrutar da vista sobre Roma e sobre o Fórum Romano. Esta zona da cidade é povoada de recantos e edifícios históricos. Deambulamos um bocadinho pela zona, apanhamos o bus ate a estação Termini, jantamos lá perto e demos por terminado o nosso segundo dia na capital italiana.
No terceiro dia, fomos aos museus do Vaticano. Como era de prever, a fila para entrar era enorme e dobrava a esquina, toda aquela gente esperava pacientemente para entrar no Museu do Vaticano e ver a Capela Sistina. Lá dentro, a situação é ainda pior. Toda a gente parecia ter um único objectivo, transformando o museu num grande corredor para a Capela Sistina, ignorando belíssimas obras e de quadros de Chagall, frescos e tapeçarias. Parecia que só eu é que não sabia que para ver a Capela Sistina tínhamos de passar pelos enormes corredores do Museu do Vaticano. Fomos ficando para trás e parecia que cada vez mais gente passava por nós, mas não nos importamos, queríamos ver mesmo o que todo o museu tinha para nos mostrar. 
Interior do Museu do Vaticano

Escada de dupla hélice no museu do Vaticano, quem sobe não ve quem desce!
Finalmente chegamos à famosa Capela Sistina, local onde se realiza o conclave, o processo pelo qual um novo Papa é escolhido. Apesar de estar a abarrotar de turistas e de se ouvir constantemente os guardas a dizer “no photo” ou simplesmente “Shhiiiu” (pois muitos esqueciam-se que estavam numa Capela) a obra de Miguel Ângelo é realmente impressionante! O dia do juízo final pintado no altar cheio de pormenores, e os frescos no tecto são, de facto, um dos maiores tesouros artísticos da humanidade. Outra das atracções que juntam turistas é a escada de dupla hélice. As escadas são duas hélices distintas, uma que conduz para cima e outra que conduz para baixo, que se torcem juntas em um dupla hélice. Quem sobe não se encontra com quem desce! E são de facto magníficas. 
Terminada a visita ao museu, saímos do Vaticano, atravessando a ponte Príncipe, tínhamos como destino a Piazza Navona. Considerada uma das mais belas praças barrocas do mundo, está localizada sobre as ruínas do antigo Estádio de Domiciano. É nesta praça que encontramos a impressionante Fontana dei Quattro Fiumi, que representava os quatro principais continentes através de seus rios mais importantes: o Nilo na África, o Ganges na Ásia, o Rio da Prata na América e o Danúbio na Europa. Na praça existem ainda duas outras fontes, a Fontana di Nettuno e a Del Moro. Visitamos também o Panteão, passamos na piazza Colonna em direcção a Fontana di Trevi pois já começava a anoitecer e nós queríamos ver a fonte iluminada. 
Fontana di Trevi à noite

No dia seguinte, foi dia de regresso a Portugal!