PORTO
A minha cidade natal...e para mim há-de ser sempre a mais bela das cidades!...Também é conhecida como a Cidade Invicta. É a cidade que deu o nome a Portugal – desde muito cedo (c. 200 a.C.), quando se designava de Portus Cale. É mundialmente conhecida pelo seu vinho e centro historico foi classificado pela UNESCO como"Património Cultural da Humanidade", em Dezembro de 1996.
Aqui não se pode deixar de visitar(subir) a Torre dos Clérigos e desfrutar da fantástica vista, descer depois ate a Praça da Liberdade admirando as belas fachadas ao redor. Daqui podemos seguir ate a Estação de S. Bento, construído no local onde existia o Convento de São Bento de Avé-Maria,e admirar os belos painéis de azulejos do interior. Subir ate à Sé ou descer ate à Ribeira passando pelo Palácio da Bolsa. No interior deste Palácio destaca-se o famoso "Salão Árabe". Pelo caminho encontramos a Igreja de S. Francisco que vale a pena admirar e mesmo em frente encontra-se o Museu da Igreja, no qual se encontra,as catacumbas. Estas são das únicas que podem ser visitadas em Portugal e onde ainda se podem ver gavetões datados de meados do século XIX. Seguindo para a Praça da Ribeira aproveitando para relaxar num dos inúmeros bares e esplanadas com vista para o Douro.
A noite aqui é bastante animada e povoada de gente que procuram diversão. bem perto encontra-se a magnifica Ponte D.Luís com os seus dois tabuleiros e mesmo ao lado o que resta da antiga ponte pênsil... desta restam os pilares e as ruínas da casa da guarda militar que assegurava a ordem e a cobrança de portagens para a sua travessia... pois, já houve portagens nas pontes do Porto...mas no século XIV...
ALENTEJO
Conhecido pelos dias calmos, pelas searas ondulantes e planícies douradas, o Alentejo está repleto de verdadeiras maravilhas naturais e monumentos históricos. Até virmos morar para o Alentejo pouco conhecíamos desta região, pelo que aproveitávamos os tempos livres dos fins de semana para conhecer suas vilas e cidades e todos os recantos naturais.
Marvão
É uma vila alentejana do distrito de Portalegre, situada no topo da Serra do Sapoio a 860m de altitude.A vila e as montanhas escarpadas em que se localiza estão inscritas na lista de candidatos a Património Mundial da UNESCO desde 2000.
A primeira vez que fomos a Marvão, foi durante umas ferias pelo Alentejo uns anos antes, não imaginava que ia encontrar uma lindíssima vila no cimo das escarpas montanhosas. Já la voltamos umas 3 vezes desde que estamos a viver no distrito de Évora e a paisagem la de cima é sempre surpreendente. Vale a pena percorrer as ruas estreitas com as casas pintadas de branco e caminhar pelas muralhas ate ao castelo.
Évora
O seu belo centro histórico foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, desde 1986.
Sé de Évora |
Templo Romano |
Visitámos Évora com regularidade desde que fomos viver para este distrito em 2007, muitas vezes só para desfrutar aquele ambiente numa esplanada ou num banco de jardim...Mas Évora tem muito para ver, a Catedral, o templo romano, as muralhas do castelo que circundam a cidade, o aqueduto, o palácio D.Manuel (o que resta dele!), a famosa praça do Giraldo com suas arcadas, as dezenas de igrejas espalhadas pela cidade, não esquecendo a de S. Francisco com a célebre Capela dos Ossos, com um aviso intimidador a entrada :" Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos"!! Curiosamente, uma cidade que visito tantas vezes e da qual tenho muito poucas fotos!! Da próxima vez que la for hei-de levar a maquina fotográfica...
Estremoz
É uma cidade alentejana do distrito de Évora.
A primeira vez que por aqui passei foi durante umas ferias de Verão,em 1996, no regresso a casa depois de visitar Évora! Foi apenas de passagem mas lembro-me de ver a pousada e a estátua da Rainha Santa Isabel lá no alto. Depois disso, ainda passamos por Estremoz em 2006 quando vínhamos de regresso de um passeio a Espanha, mas nessa altura foi só para dormir numa das pensões da cidade. Mas só no segundo semestre de 2007 é que vim a conhecer verdadeiramente esta cidade, desde que nos mudamos para cá! Estremoz é conhecida pelas suas jazidas de mármore branco, o chamado Mármore de Estremoz. De fácil acessibilidade, visto que goza de uma localização privilegiada, sendo no "cruzamento" do IP2 que liga Portalegre a Beja, e a N8, que liga Lisboa a Espanha.
Entramos em Estremoz por qualquer uma das quatros portas militares que rompem as muralhas da Cidade: Santo António, Santa Catarina, Currais ou Nossa Senhora dos Mártires e as Portas de Évora ou Porta Falsa.
Ao chegar ao centro de Estremoz é impossível deixar de reparar na bela e enorme praça do Rossio do Marques de Pombal. Mesmo em frente situa-se a Igreja dos Congregados (ao lado da Câmara Municipal),onde pode visitar o Museu de Arte Sacra e subir ao terraço para ter uma vista privilegiada do Rossio. Saindo daqui, percorrendo a praça pelo lado direito ergue-se o Convento das Maltezas ou de S. João da Penitência. Classificado como Monumento Nacional, - em particular o Claustro da Misericórdia - é neste local que está instalado o Centro Ciência Viva de Estremoz. Seguindo sempre, mesmo ao lado do quartel RC3 está a Igreja de S. Francisco.
Pouco mais a frente encontramos um Ex Libris da cidade, o Lago do Gadanha, foi construído em 1688 para abastecer a vila e regar os campos e hortas circundantes. Totalmente construído em mármore, este imponente lago tem cerca de 40 metros de comprimento e é abastecido por um canal subterrâneo que atravessa todo o Rossio Marquês de Pombal que vem desembocar numa vieira, também em mármore.
Torre de Menagem ou Torre das três coroas do Castelo de Estremoz. |
Estátua da Rainha Santa Isabel |
Igreja dos Congregados |
Passamos o lago, descemos e vamos à descoberta pelas ruas estreitas ate ao Castelo. Podemos contornar as muralhas, subir pela rua direita e chegar as Portas de Santarém ou Porta Oeste, ou optar por subir os degraus e entrar no Castelo pela Porta do Sol ou Frandina.
Do alto do castelo, junto a torre de Menagem é possível admirar uma estátua da Rainha Santa Isabel e uma bela e vasta paisagem rural em seu redor, de onde se pode avistar os campos e montes alentejanos e mais ao fundo a Serra D´Ossa.
Vila Viçosa
Vila Viçosa é mais uma bela vila do nosso Alentejo!!! Fica cerca de 20km de Estremoz, rodeada de inúmeras extracções de mármore e com ruas povoadas de laranjeiras. Terra de Reis e Rainhas e berço de Florbela Espanca e Bento de Jesus Caraça, Vila Viçosa respira história. Os inúmeros monumentos e museus que se podem visitar nesta terra alentejana são prova disso mesmo!
Paço Ducal |
O mais emblemático é sem dúvida o Paço Ducal, antiga residência dos Duques de Bragança desde os princípios do século XV. No interior das cerca de 50 salas abertas ao público, guardam-se valiosas colecções de arte e as raríssimas espécies bibliográficas que pertenceram o ultimo rei de Portugal, D. Manuel II. Destacam-se pinturas do século passado, ourivesaria, tapeçarias flamengas e francesas, pinturas a fresco em paredes e tectos, mobiliário de estilo, porcelanas orientais, portuguesas, italianas, armaria antiga com peças raras, etc.
A entrada para este palácio custa 6€…Mesmo em frente ao Palácio encontra-se uma das mais belas praças do país, o Terreiro do Paço, localizado à entrada de Vila Viçosa, quando se vem do lado de Borba e Estremoz e da fronteira de Elvas, deixando à direita a Capela Real e os Jardins do Paço.
Ao sair do Palácio, instalado nas antigas cavalariças, podemos ver o Museu dos Coches, menos divulgado que o Museu Nacional dos Coches de Lisboa e referido por muitos como um anexo desse museu, a verdade é que este é o maior e o mais variado da Europa. Aqui podemos ver uma grande variedade de Viaturas de Gala do século XIX e início do século XX, e ainda se pode admirar o landau que transportava a Família Real no dia do regicídio. No museu pode também encontrar-se diversos carros de caça e de campo que testemunham a actividade da nobreza nas várias quintas, herdades e coutadas de caça. A entrada para o Museu dos Coches é apenas 1,50€.
Seguindo pela estrada ladeada de laranjeiras encontrámos indicações para o Castelo e para o Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, também conhecido por Solar da Padroeira, por nele se encontrar a imagem de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Portugal. A igreja, que é simultaneamente Matriz de Vila Viçosa, fica situada dentro dos muros medievais do castelo da vila. O Papa João Paulo II visitou este Santuário durante a sua primeira visita a Portugal, em 14 de Maio de 1982.
Porta dos Nós, a saída do Palácio e do Museu dos coches |
Dentro do castelo encontramos um dos mais originais museus da Caça de todo o mundo, com uma vasta colecção de espécies venatórias de origem Europeia e Asiática, incluindo o crânio de um elefante pigmeu e um crocodilo embalsamado, podemos também admirar variadas armas de caça.
Foi muito interessante ver este museu, mesmo para os que não são adeptos da caça, como eu. E o guia que nos acompanhou na visita guiada foi muito simpático e prestável. Pudemos ver um quadro que mostrava o rei D. Carlos e seu filho, Luís Filipe, na sua última caçada, dois dias antes de serem assassinados. Vale a pena visitar Museu de Caça do Castelo, a entrada são 3€.
Entrada para o castelo |
Há muito mais para ver nesta vila, igrejas, museus, as suas ruas típicas…e é numa dessas ruas que podemos ver a casa onde nasceu Florbela Espanca, bastante deteriorada e abandonada, o que é uma pena.
Como não podia deixar de ser, em Vila Viçosa há um museu do mármore.
Inaugurado em Outubro de 2000, encontra-se situado na antiga Estação da CP, imóvel de beleza arquitectónica que data de 1904. Deste edifício destacam-se os belos painéis de azulejos que evocam paisagens alentejanas e recantos urbanos da vila. É um museu/exposição de maquinarias e utensílios outrora utilizados na arte de trabalhar a pedra e que com o passar dos anos se encontram em desuso. Quando visitei este museu, este estava fechado mas muitas das máquinas expostas encontram-se ao ar livre e foi possível ver de perto algumas delas.
Inaugurado em Outubro de 2000, encontra-se situado na antiga Estação da CP, imóvel de beleza arquitectónica que data de 1904. Deste edifício destacam-se os belos painéis de azulejos que evocam paisagens alentejanas e recantos urbanos da vila. É um museu/exposição de maquinarias e utensílios outrora utilizados na arte de trabalhar a pedra e que com o passar dos anos se encontram em desuso. Quando visitei este museu, este estava fechado mas muitas das máquinas expostas encontram-se ao ar livre e foi possível ver de perto algumas delas.
Peça do Museu do Mármore |
Mesmo ao lado do museu do mármore, as linhas de comboio já há muito desactivadas servem de pasto a estas ovelhas! |
Pulo do Lobo e Minas de S. Domingos (Mértola)
Portugal tem muitos lugares lindos mas pouco divulgados, o que é uma pena! Mas o mais triste é que são os estrangeiros que melhor conhecem esses recantos do nosso País!
Pulo do Lobo. |
Pulo do Lobo é a maior queda de água do sul de Portugal continental, local de lendas e histórias, no coração do Parque Natural do Vale do Guadiana.
Numa manhã bem cedo, saímos de Viana do Alentejo em direcção a Mértola, passamos pela Vidigueira, Cuba, em Beja decidimos ir por Serpa e pelas estradas secundárias do interior alentejano. Em Serpa seguimos para sul e uns quilómetros mais a frente encontrámos uma placa a indicar o Pulo do Lobo. Por este lado, o caminho de terra é bastante irregular e não chega tão perto das margens como pelo lado da estrada N122 que liga Beja a Mértola. Mas é, para nós que nos deslumbramos com a natureza selvagem, sem dúvida, a melhor alternativa!
Finalmente já se avista o estreito curso do Guadiana |
Deixamos então o carro no caminho de terra, um pouco mais adiante de uma placa indicativa do caminho para o Pulo do Lobo. Ainda andamos bastante até avistarmos as margens pedregosas do rio Guadiana que a terra parecia engolir! Há uma espécie de miradouro que antecede uma descida acentuada até perto da margem e onde dá para contemplar este cenário único e de uma beleza indescritível.
O rio passa, repentinamente, dos cerca de 20m de largura para 3m, a corrente acelera e cai de uma altura de 15m pelo meio de rochas até chegar a uma enorme lagoa. Por este lado vão menos pessoas, apenas passamos por dois jovens, enquanto do outro lado era um constante chegar e partir de carros.
Fizemos o caminho de volta até ao sítio onde deixamos o carro e pegamos no mapa para confirmar o trajecto em direcção às Minas de S. Domingos.
Ruínas do antigo complexo mineiro |
S. Domingos foi considerada no século XIX, um dos mais importantes centros de extracção de cobre da Europa mas desde os anos 60 que estão desactivadas. Ainda são visíveis as ruínas de alguns edifícios que deixam adivinhar a intensa actividade de quem lá trabalhava. Uma linha férrea, da qual também só restam vestígios, transportava o minério ate ao Pomarão onde era escoado através do Guadiana. O complexo mineiro era de grandes dimensões com o bairro mineiro, hospital, escolas, etc.
Resta apenas uma paisagem rochosa em tons amarelos, sem vegetação, quase sinistra, com pequenas lagoas de águas ácidas com diferentes tonalidades devido à contaminação.
O verão não é a altura ideal para se fazer estes percursos porque o calor alentejano pode tornar-se insuportável, ainda para mais há poucas sombras e um longo caminho a percorrer.
Pusemo-nos ao caminho em direcção a Mértola, mas logo à saída da povoação de S. Domingos demos com uma praia fluvial de areias brancas, bastante convidativa para um dia de Verão como aquele. Conhecida como a Tapada da Mina, é um refrescante lugar para se passar um bom fim de tarde. Depois de convenientemente refrescados seguimos então ate Mértola.
Mértola. |
É uma vila situada numa colina nas margens do Guadiana, com um património arquitectónico riquíssimo, entre os monumentos salientam-se o castelo e as muralhas em redor dele onde tem sido postas a descoberto ruínas da antiga Myrtilis (Mértola), outro monumento importante é a antiga mesquita, actual matriz, alterada no séc. XVI mas que ainda mantém uma porta Islâmica original. O ideal é conhecer a parte antiga da cidade a pé, pois as ruas são mesmo muito estreitas e inclinadas