26/11/2011

El Escorial e Vale dos Caídos


San Lourenço de El Escorial
Mosteiro de San Lourenço de El Escorial
Foram 3 dias para conhecer duas cidades Património da Humanidade: Ávila e Segóvia e um mosteiro que há muito queria conhecer, San Lourenço de El Escorial...Ficamos num camping no meio da serra, perto de uma localidade chamada Peguerinos, a mais de 1000m de altitude. Havia 2 campings mesmo ao lado um do outro, nos ficamos em La Nava porque era bem mais barato e as condições eram semelhantes!  
A serra era linda e convidava a caminhadas ao ar livre. Na recepção do parque havia percursos e rotas pedestres que decidimos seguir uma: a rota de la Naranjera... depois de andar pelos trilhos no meio de bosques e clareiras começamos a subir ate um local denominado miradouro do Valle de los Caidos...de tirar o fôlego!!   

Valle de Los Caidos visto do miradouro
Voltamos de novo à estrada, descendo a serra até à localidade de San Lorenzo de El Escorial. A vista da serra sobre este mosteiro é fenomenal e dá bem para ter a noção da grandeza do monumento!
Assim que compramos a entrada e iniciamos a visita ao mosteiro… 






Apesar da grandeza exterior nos levar a imaginar o interior, as imensas salas com que nos deparamos vão-nos surpreendendo sempre! Impressionantes são os frescos na sala da batalha, a biblioteca, com mais de 40.000 volumes, ou mesmo o panteão de reis, onde repousam quase todos os monarcas espanhóis desde Carlos I.



Não sei em quanto tempo demoramos a percorrer todo o complexo, mas a sucessão de salas parecia não ter fim. Quando finalmente saímos decidimos procurar os jardins, a entrada faz-se por um dos lados do mosteiro, junto ao lago e é gratuita.



                O mosteiro foi construído a pedido de Filipe II para ser utilizado como panteão real e, ao mesmo tempo, para comemorar a vitória contra as tropas francesas e em 1984 foi declarado Património da Humanidade pela UNESCO. Posteriormente demos uma voltinha pela simpática vila e decidimos procurar um local para almoçar, seguindo depois em direcção ao Vale dos Caídos.

Valle de Los Caidos 

A poucos quilómetros de Madrid e a apenas 14 km de San Lorenzo de El Escorial está situado o Valle de los Caídos, um monumento construído por ordem do general e ditador Franco. A sua construção demorou 18 anos e foi erigido para ser o panteão dos soldados franquistas "caídos" (ou seja, mortos em combate) durante a Guerra Civil Espanhola. Apesar de não ser uma vítima desta guerra, o próprio Francisco Franco, está enterrado neste vale.





Interior da basílica

Pormenor do tecto da basílica

O monumento inclui uma cruz de 150m, por baixo da qual se encontra uma enorme basílica escavada na rocha, onde estão sepultados os 33 872 combatentes de ambos os lados que se enfrentaram na citada guerra.

No mesmo complexo há também uma abadia beneditina.
Abadia beneditina
 

Segundo os espanhóis este memorial é visto de duas maneiras muito diferentes:
  • Como monumento exemplar das grandes obras do ditador Franco.
  • Como o monumento ligado à exaltação fascista, já que a sua construção foi feita quase na totalidade através da exploração da mão-de-obra dos republicanos, a facção derrotada.

23/11/2011

Mérida


 A cerca de 80km da fronteira e situada nas margens do rio Guadiana, Mérida foi, durante a ocupação romana, uma das mais importantes cidades da Península Ibérica, capital da Lusitânia. Possui vários testemunhos desse passado, tais como o teatro e o anfiteatro romanos, entre outros e o seu Conjunto Arqueológico foi declarado Património da Humanidade, pela UNESCO, em 1993.
Começamos a nossa visita passando a pedonal Ponte Romana sobre o rio Guadiana e construída no séc. I A.C., esta ponte tem 60 arcos. Seguimos as placas indicativas dos monumentos a visitar e depressa chegamos ao conjunto arqueológico formado pelo Anfiteatro e Teatro Romano, mais afastados deste centro encontramos ainda o circo, aquedutos, pontes e templos.
As filas para comprar bilhetes eram enormes mas depressa nos apercebemos que havia bilhetes combinados que davam para entrar em vários locais e que alem de mais baratos evitavam as perdas de tempo nas filas… já com os bilhetes a mão decidimos começar pelo anfiteatro.

Anfiteatro Romano



O Anfiteatro Romano foi inaugurado no ano 8 A.C. e tinha uma capacidade de cerca de 15.000 espectadores. Aqui davam-se os espectáculos de gladiadores contra as feras!
De seguida visitamos o Teatro, mesmo ali ao lado. A capacidade do Teatro era de cerca de 6.000 pessoas e estava dividido entre 3 sectores onde estavam distribuídas as diferentes classes sociais da época.
Teatro Romano

Percorrendo as ruas, passando pelo museu nacional de arte romano, encontramos o templo romano, conhecido como Templo de Diana, é um dos pouco de carácter religioso que ainda se conserva satisfatoriamente. A sua construção data dos finais do século I a.C.
Templo Romano
 
Um pouco mais afastados deste centro monumental encontramos o circo Romano e o aqueduto dos milagres.
Parte do Aqueduto dos Milagres
Num descampado amplo encontramos o circo com as extensas arenas destinadas a corridas de cavalos com uma plataforma central que estaria coberta com mármore.
Também relativamente bem conservado encontra-se o Aqueduto de los Milagros que formava parte da conduta que trazia a água desde a represa de Proserpina situada a 5 Km da cidade.
Assim demos por terminada a nossa visita por histórias de impérios de tempos passados.

Cáceres


Planta do Casco Histórico da cidade
 Um dia decidimos sair cedo da nossa casa no Alentejo e viajar cerca de 150km até Cáceres, cidade Património da Humanidade, considerada o terceiro Conjunto Monumental Europeu em 1968.
Plaza Mayor em Cáceres.

Arco da Estrella
Ao chegarmos deparamo-nos com uma cidade grande e moderna, e com um ar simpático mas com um centro histórico que nos transportou aos tempos medievais. A beleza da sua arquitectura com magníficos edifícios encantou-nos logo. 
Iniciamos a nossa visita a esta cidade monumento na Plaza Mayor, onde se situa o “Ayuntamento” subimos os degraus passando pela torre Bujaco e pelo Arco da Estrella,  percorremos as diversas ruas e vielas enriquecidas com palacetes, igrejas e museus.

As ruas estreitas do centro histórico.
Torre de Carjaval
Pouco mais à frente fica a Casa de Carjaval, edifício de visita obrigatória. Por ser um dos poucos abertos ao público e, além de alojar o Patronato Provincial de Turismo e Artesanato, guarda um belíssimo pátio renascentista, onde se diz que cresce a mais anciã figueira do mundo.
Figueira no pátio da Casa de Carjaval
Catedral de Santa Maria


Estátua de S. Pedro de Alcântara
Seguindo caminho chegamos a Catedral de Santa Maria, adornada pela estátua de S. Pedro de Alcântara e onde se encontra enterrado o corpo do célebre conquistador do Peru, Pizarro.
Igreja de S. Francisco Xavier






O moderno Jardim de Espanha
Andamos depois pelas ruas silenciosas até à Igreja de S. Francisco Xavier que não pudemos visitar pois estava encerrada.
Caminhamos livremente e sem rumo certo pelas admiráveis ruas monumentais. No fim da visita decidimos conhecer um pouco mais da Cáceres moderna, parando para merecido descansando no agradável jardim de Espanha.