25/07/2011

Barcelona

Apanhamos então o metro bem cedo e saímos mesmo no centro, na Praça da Catalunha. Já com o mapa da cidade na mão, seguimos pela Avenida de Garcia, uma das avenidas mais famosas da cidade e onde estão localizadas duas belíssimas obras de Gaudí. 
La Pedrera
Casa Batló
A Casa Batló e mais a frente La Pedrera ou Casa Milà que não possuí quaisquer linhas rectas. Seguimos a pé até ao Templo da Sagrada Família, que começou a ser construído nos finais do séc. XIX e no qual Guadí (director do projecto) trabalhou durante 40 anos e até à sua morte, é considerado por muitos como a sua obra-prima.


Pormenores do Templo da Sagrada Família
O plano geral do projecto, que se baseava em formas geométricas naturalistas, são o material a partir do qual os arquitectos do templo continuam, ainda hoje, a trabalhar. Dos doze campanários da fachada, só oito estão já construídos. Confesso que fiquei um pouco desiludida com o interior, um estaleiro autêntico. 


Palau Nacional
Para visitar Barcelona e tentar não perder os pontos de interesse, decidimos comprar bilhetes para o Bus Turístico e apreciar a panorâmica. A vantagem é poder entrar e sair onde quisermos e não perder muito tempo a procura dos locais que queríamos visitar.Demos a volta a cidade, passámos no Palau Reial, no estádio do Futebol Clube de Barcelona e a próxima paragem foi a aldeia olímpica. Depois de passarmos a Praça de Espanha com as duas torres venezianas e o Palau Nacional ao fundo, subimos ao Parc de Montjuic. Onde pudemos ver a torre de Calatrava e o estádio Olimpico. 


Um pouco mais a frente entrámos no teleférico para subir ate ao castelo de Montjuic, o monumento mais antigo do parque e que alberga o museu militar de Barcelona. Lá de cima a vista sobre a cidade e sobre o porto é espantosa.
Descemos novamente no teleférico e voltamos a entrar no bus turístico que nos levou desta vez até ao Port Vell, passando pela famosa estátua de Colombo.
Arco do Triunfo em Barcelona
 Port Vell, como o nome sugere, é o antigo porto de Barcelona onde podemos encontrarbarcos de cruzeiro e iates de grandes dimensões. Daqui seguimos para o Poblenou e para a praia de Barcelona onde descansamos um pouco! Ainda havia muito para ver e decidimos seguir parando desta vez no parque da cidade, passamos pelos jardins e pelas estatuas e fontes espalhadas ate que chegamos ao Arco do Triunfo, onde aproveitamos para comer qualquer coisa e descansar mais um pouco. 
Interior do Hard Rock Café

La Rambla
Caminhamos um pouco pelo bairro gótico, passamos pelo Palau de la Musica Catalana, um edifício muito belo e parámos a admirar a Catedral de Barcelona e a movimentada praça circundante. Começava a anoitecer, seguimos pelas ruas cheias de turistas até chegarmos a La Rambla, um movimentado e longo passeio cheio de artistas de rua e bancas ao ar livre especializadas em animais domésticos, plantas e recordações. Seguimos até chegarmos novamente à Praça da Catalunha, onde nos sentámos no banco de jardim a observar o movimento de pessoas ao final do dia. 
Entrámos no Hard Rock Café apinhado de turistas e curiosos. 
Regressamos ao hotel no último comboio da noite para um merecido descanso. O dia seguinte estava reservado para visitar o Park Guell e Tibidabo.

19/07/2011

Palácio Real de Aranjuez

As férias de verão estavam a chegar e era altura de decidirmos o novo destino… Barcelona foi o escolhido e já há muito tempo desejado! Íamos de carro e decidimos não fazer a viagem directa! Parávamos em Aranjuez para visitar o seu palácio e pernoitávamos num camping perto de Madrid e no dia seguinte seguíamos então para a Catalunha.




O Palácio Real de Aranjuez é uma das residências do Rei de Espanha. Fica situado nas margens do rio Tejo a cerca de 20 km da capital espanhola, sendo gerido e mantido pelo Património Nacional.

O rio Tejo à entrada do jardins
Recantos refrescantes.




A entrada para o palácio rondava os 5€ por pessoa (em 2008) mas curiosamente era gratuita para cidadãos da união europeia, e lá dentro percorremos umas dezenas de salas de reis e rainhas devidamente ornamentadas com destaque para a sala do trono revestida de veludo vermelho. Ao sairmos estava um calor abrasador, bastante comum nesta altura em Espanha e procuramos logo a sombra mais próxima…. Seguimos pela esquerda por baixo de uma arcada e entramos por um portão que nos levou ao Jardim da Isla (ilha) que tem este nome por estar rodeado pelo Tejo. A sua dimensão é impressionante e em qualquer canto encontramos fontes e lagos com estátuas.
 Em 2001 este ambiente foi declarado Paisagem Cultural Património da Humanidade pela UNESCO.
  Ao fim do dia seguimos para Arganda del Rey onde nos instalamos num parque de campismo. O parque não era muito grande e era mesmo ao lado da nacional para Madrid!!Por isso acordamos cedo e assim que arrumamos as tralhas, saímos do camping em direcção a Tarragona. O tempo quente e a paisagem seca e agreste acompanhou-nos enquanto atravessávamos Espanha até finalmente avistarmos colinas verdejantes e uns quilómetros depois o mar mediterrâneo
Áridas paisagens ao atravessar Espanha
Finalmente a paisagem mudou de tom...


Instalamo-nos num camping bem perto da praia, era só sair por um portão e passar um pequeno túnel e estávamos na praia. Só que por cima desse túnel passava a linha do comboio, que, diga-se, não parou de passar durante a noite. 
Praia em Tarragona

Ainda tivemos tempo para um refrescante mergulho e um passeio nocturno pelas ruas animadas de Tarragona. 
No dia seguinte rumamos a Barcelona, sempre perto da costa e parando numa ou outra praia para um mergulho. 
Em Barcelona ficamos num hotel, reservado antecipadamente, o Serhs Campus Hotel, perto da cidade universitária de Bellaterra, a 30 minutos do centro. A ideia era deixarmos o carro bem estacionado e irmos de metro até ao centro. Assim que nos instalámos no agradável hotel, fomos à procura da estação para nos inteirarmos dos horários e preços.

13/07/2011

Pitões das Júnias

Terras do Barroso
 Um fim-de-semana no inicio de 2007 decidimos ir conhecer melhor o norte de Portugal, o destino era Montalegre e Pitões das Júnias. Saímos do Porto para a Vila Real, pela auto-estrada que atravessa a Serra do Marão e dali seguimos na direcção de Chaves.
Nas Termas de Carvalhelhos.
Para podermos conhecer a Serra do Barroso viramos no cruzamento para Boticas e parámos nas Termas de Carvalhelhos. Esta estância encontra-se a 800 metros de altitude, no concelho de Boticas. Também conhecida como Caldas Santas de Carvalhelhos, possui, para além do balneário, uma estação de engarrafamento de águas.
Albufeira do Alto Rabagão.

Depois de um breve descanso nestas caldas que pareciam abandonadas e desérticas aquele dia de Janeiro seguimos em direcção a Montalegre. Pelo caminho ainda passamos pela Barragem do Alto Rabagão, também conhecida por Barragem de Pisões, uma das maiores de Portugal.
Torre do Castelo de Montalegre
Ao final da tarde chegamos a Montalegre, visitamos o castelo no alto de uma colina, com vistas fantásticas para a serra do Geres e Larouco e onde se pode ver o rio Cávado. 

Vista geral de Montalegre.
Pernoitamos na Estalagem de Montalegre e no dia seguinte partimos pela serra a caminho de Pitões das Júnias. 
Pitões das Júnias.
A origem desta aldeia confunde-se com a do Mosteiro de Santa Maria das Júnias, localizado num vale isolado, consagrado à Senhora das Unhas que acabou por se tornar Senhora das Júnias.
Cascata
Paisagem espectacular a caminho da Cascata.
Depois de passar a aldeia, em direcção ao cemitério, encontrámos duas placas, uma a indicar o percurso até ao mosteiro e outra até à cascata. Decidimos seguir por este último trilho, com cerca de 900m, que nos levou até uma espécie de ao miradouro de onde contemplávamos a prometida cascata abastecida pelas águas que passam pelo Mosteiro de Santa Maria das Júnias. 
Mosteiro de Santa Maria das Júnias
Daqui pudemos seguir até ao mosteiro por um trilho alternativo, o caminho foi sempre a subir por carreiros de terra e pedras soltas.  Do alto, antes da descida final para o mosteiro, a vista sobre este é magnífica!

Do convento, restam as paredes dos principais compartimentos, algumas arcadas do claustro e a igreja que tem ainda o telhado.
A natureza evolvente é fantástica com um cenário de tirar o fôlego!





Nota: grande parte dos trilhos que percorremos na altura, como a descida para a cascata, foram substituídos por passadiços de madeira! Embora acredite que deste modo chame mais visitantes a este belo lugar, para mim não há nada como percorrer os trilhos naturais mesmo com terra e pedras soltas!

07/07/2011

Pulo do Lobo e Minas de S. Domingos (Mértola)

Portugal tem muitos lugares lindos mas pouco divulgados, o que é uma pena! Mas o mais triste é que são os estrangeiros que melhor conhecem esses recantos do nosso País! 
Pulo do Lobo.

Pulo do Lobo é a maior queda de água do sul de Portugal continental, local de lendas e histórias, no coração do Parque Natural do Vale do Guadiana.



Numa manhã bem cedo, saímos de Viana do Alentejo em direcção a Mértola, passamos pela Vidigueira, Cuba, em Beja decidimos ir por Serpa e pelas estradas secundárias do interior alentejano. Em Serpa seguimos para sul e uns quilómetros mais a frente encontrámos uma placa a indicar o Pulo do Lobo. Por este lado, o caminho de terra é bastante irregular e não chega tão perto das margens como pelo lado da estrada N122 que liga Beja a Mértola. Mas é, para nós que nos deslumbramos com a natureza selvagem, sem dúvida, a melhor alternativa! 
Finalmente já se avista o estreito curso do Guadiana

Deixamos então o carro no caminho de terra, um pouco mais adiante de uma placa indicativa do caminho para o Pulo do Lobo. Ainda andamos bastante até avistarmos as margens pedregosas do rio Guadiana que a terra parecia engolir! Há uma espécie de miradouro que antecede uma descida acentuada até perto da margem e onde dá para contemplar este cenário único e de uma beleza indescritível.





 O rio passa, repentinamente, dos cerca de 20m de largura para 3m, a corrente acelera e cai de uma altura de 15m pelo meio de rochas até chegar a uma enorme lagoa. Por este lado vão menos pessoas, apenas passamos por dois jovens, enquanto do outro lado era um constante chegar e partir de carros.

Fizemos o caminho de volta até ao sítio onde deixamos o carro e pegamos no mapa para confirmar o trajecto em direcção às Minas de S. Domingos.

Ruínas do antigo complexo mineiro


S. Domingos foi considerada no século XIX, um dos mais importantes centros de extracção de cobre da Europa mas desde os anos 60 que estão desactivadas. Ainda são visíveis as ruínas de alguns edifícios que deixam adivinhar a intensa actividade de quem lá trabalhava. Uma linha férrea, da qual também só restam vestígios, transportava o minério ate ao Pomarão onde era escoado através do Guadiana. O complexo mineiro era de grandes dimensões com o bairro mineiro, hospital, escolas, etc.


 Resta apenas uma paisagem rochosa em tons amarelos, sem vegetação, quase sinistra, com pequenas lagoas de águas ácidas com diferentes tonalidades devido à contaminação. 



O verão não é a altura ideal para se fazer estes percursos porque o calor alentejano pode tornar-se insuportável, ainda para mais há poucas sombras e um longo caminho a percorrer.




Pusemo-nos ao caminho em direcção a Mértola, mas logo à saída da povoação de S. Domingos demos com uma praia fluvial de areias brancas, bastante convidativa para um dia de Verão como aquele. Conhecida como a Tapada da Mina, é um refrescante lugar para se passar um bom fim de tarde. Depois de convenientemente refrescados seguimos então ate Mértola.

Mértola.
É uma vila situada numa colina nas margens do Guadiana, com um património arquitectónico riquíssimo, entre os monumentos salientam-se o castelo e as muralhas em redor dele onde tem sido postas a descoberto ruínas da antiga Myrtilis (Mértola), outro monumento importante é a antiga mesquita, actual matriz, alterada no séc. XVI mas que ainda mantém uma porta Islâmica original. O ideal é conhecer a parte antiga da cidade a pé, pois as ruas são mesmo muito estreitas e inclinadas