Antuérpia

… as imagens da Grote Markt, a principal praça e a opinião de muitos em afirmar que a sua estação é das mais belas do mundo, fez com que a vontade de a conhecer crescesse, e se íamos passar uns dias a Holanda, porque não passar 2 em Antuérpia? De Amesterdão apanhamos o comboio para Antuérpia, demoramos cerca de 2h e íamos bastante entusiasmados ao percorrer a Holanda de comboio e entrar na Bélgica, conhecer a sua segunda maior cidade e centro mundial de lapidação de diamantes.

Os prédios característicos de Antuérpia

Grote Markt com a estátua de Brabo.

Catedral ao fundo, visto da beira rio.

Mas o entusiasmo terminou assim que o comboio parou na estação… alguém levou uma das nossas mochilas!!! Dissemos ao revisor que tínhamos sido roubados e ele deu-nos o número do comboio e indicou-nos a polícia da estação. Fomos muito bem atendidos e registamos a queixa mas depressa fomos informados de que mais nada podia ser feito visto o comboio ter feito a última paragem noutro país e provavelmente seria onde as nossas coisas estariam!! Animou-nos o facto de não termos nada de verdadeiro valor nem documentos na mochila perdida. Talvez por tudo isto a estação não nos pareceu tão bela como estávamos a espera! Decidimos procurar o hotel, pelo caminho passamos por dezenas de lojas de diamantes e descobrimos que o hotel ficava muito perto do bairro judeu e do Pelikaanstraat, o Distrito do Diamante. Ao caminhar até ao hotel e depois até ao jardim botânico Satdspark  deparamo-nos com varios judeus ortodoxos, os Hassidim. Vestidos de traje preto com camisa branca chapéu negro ou o shtreimel (chapéu de pêlo), as longas barbas e as longas payot encaracoladas, seguindo o vestuário dos séculos XVIII e XIX da Europa Oriental. As mulheres vestem-se de acordo com as mais rígidas leis de modéstia, tentando ser o menos atractivas possível.

Antes de nos metermos nas ruas estreitas de Antuérpia, passámos pelo jardim Satdspark, um lugar lindíssimo e bastante agradável.

Sempre caminhando, chegamos a Groenplaats plein, uma das praças mais importantes da Antuérpia, localizada no coração do centro histórico e próxima da catedral. A área da praça é cercada de hotéis, cafés e esplanadas. Até o final do século XVIII, a praça era o principal cemitério da Antuérpia! Aqui também se vendem as famosas batatas fritas servidas enroladas em papel e com maionese por cima, as vlaamse frites. É diferente do que estamos habituados mas é bom. 

Seguimos até a Catedral de Nossa Senhora, a Onze Lieve Vrouwe Kathedraal, que não pudemos visitar porque já estava fechada.

Estação de Antuérpia.

Admirando a arquitectura de Antuérpia perto da catedral chegamos a Grote Markt, a principal praça com prédios magníficos e uma fonte com uma estátua de Silvius Brabo (uma figura mítica de Antuérpia) no meio. 

Het Steen

Daqui seguimos até junto ao rio Escala e Het Steen (A Pedra) um castelo de pedra e o edifício mais velho da cidade, já serviu de prisão, forte e hoje alberga o museu da história náutica. Andamos um bocado pelo passeio e pelo jardim junto ao rio, avistando o seu porto, até regressarmos de novo à estação. Apesar dos 88km de distância até o mar aberto, o porto de Antuérpia é o segundo maior porto da Europa, depois de Rotterdam.

De volta a estação, já ao final do dia, pudemos, então apreciar toda a beleza exterior e interior da mesma e constatar porque é uma das mais belas, por fora parece um palácio e por dentro parece que viajamos no tempo e estaríamos de volta ao inicio do século, não fossem as evidentes ostentações do mundo actual. Decidimos jantar num dos muitos restaurantes com animadas esplanadas perto da estação.

Ao fim do dia parecia que o essencial de Antuérpia estava visto e se no dia seguinte fossemos até Bruxelas? Voltamos a estação a confirmar horários e estava decidido!!