Portugal tem muitos lugares lindos mas pouco divulgados, o que é uma pena! Mas o mais triste é que são os estrangeiros que melhor conhecem esses recantos do nosso País!
Pulo do Lobo. |
Pulo do Lobo é a maior queda de água do sul de Portugal continental, local de lendas e histórias, no coração do Parque Natural do Vale do Guadiana.
Numa manhã bem cedo, saímos de Viana do Alentejo em direcção a Mértola, passamos pela Vidigueira, Cuba, em Beja decidimos ir por Serpa e pelas estradas secundárias do interior alentejano. Em Serpa seguimos para sul e uns quilómetros mais a frente encontrámos uma placa a indicar o Pulo do Lobo. Por este lado, o caminho de terra é bastante irregular e não chega tão perto das margens como pelo lado da estrada N122 que liga Beja a Mértola. Mas é, para nós que nos deslumbramos com a natureza selvagem, sem dúvida, a melhor alternativa!
Finalmente já se avista o estreito curso do Guadiana |
Deixamos então o carro no caminho de terra, um pouco mais adiante de uma placa indicativa do caminho para o Pulo do Lobo. Ainda andamos bastante até avistarmos as margens pedregosas do rio Guadiana que a terra parecia engolir! Há uma espécie de miradouro que antecede uma descida acentuada até perto da margem e onde dá para contemplar este cenário único e de uma beleza indescritível.
O rio passa, repentinamente, dos cerca de 20m de largura para 3m, a corrente acelera e cai de uma altura de 15m pelo meio de rochas até chegar a uma enorme lagoa. Por este lado vão menos pessoas, apenas passamos por dois jovens, enquanto do outro lado era um constante chegar e partir de carros.
Fizemos o caminho de volta até ao sítio onde deixamos o carro e pegamos no mapa para confirmar o trajecto em direcção às Minas de S. Domingos.
Ruínas do antigo complexo mineiro |
S. Domingos foi considerada no século XIX, um dos mais importantes centros de extracção de cobre da Europa mas desde os anos 60 que estão desactivadas. Ainda são visíveis as ruínas de alguns edifícios que deixam adivinhar a intensa actividade de quem lá trabalhava. Uma linha férrea, da qual também só restam vestígios, transportava o minério ate ao Pomarão onde era escoado através do Guadiana. O complexo mineiro era de grandes dimensões com o bairro mineiro, hospital, escolas, etc.
Resta apenas uma paisagem rochosa em tons amarelos, sem vegetação, quase sinistra, com pequenas lagoas de águas ácidas com diferentes tonalidades devido à contaminação.
O verão não é a altura ideal para se fazer estes percursos porque o calor alentejano pode tornar-se insuportável, ainda para mais há poucas sombras e um longo caminho a percorrer.
Pusemo-nos ao caminho em direcção a Mértola, mas logo à saída da povoação de S. Domingos demos com uma praia fluvial de areias brancas, bastante convidativa para um dia de Verão como aquele. Conhecida como a Tapada da Mina, é um refrescante lugar para se passar um bom fim de tarde. Depois de convenientemente refrescados seguimos então ate Mértola.
Mértola. |
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