21/06/2011

Amesterdão


Chegamos a estação de Amesterdão ao final da tarde e um pouco cansados depois de passar o dia a percorrer o jardim de Keukenhof, mas a visão da cidade, o movimento, os canais deram-nos um novo fôlego para o que ainda tínhamos para ver! Mesmo em frente a saída principal da estação está um edifício de GVB com informação e venda de bilhetes para os diferentes transportes públicos. Decidimos comprar um bilhete de 48h pois iríamos estar 2 dias na cidade, além disso o hotel ficava perto de Vondelpark e um pouco longe da estação.
Os eléctricos são a forma mais fácil para conhecer Amesterdão e estão em funcionamento regularmente até à meia-noite.
Parque de estacionamento para bicicletas!
Claro que de bicicleta era a maneira mais genuína de conhecer Amsterdam, mas também seria complicado dada a quantidade de bicicletas a circular. E é bem preciso muito cuidado e atenção ao passar a rua porque elas não páram!
Fomos até ao hotel fazer o chek in e deixar as malas mas depressa saímos para conhecer a cidade, já com o mapa na mão. Apanhamos o eléctrico e descemos na praça Dam, é aqui que se encontra o Palácio Real o Koninklijk Paleis a Igreja Nova Niewe Kerk e o famoso museu de cera Madame Tussauds. A praça estava cheia de turistas, com obras e um pouco caótica com a preparação para os festejos do dia da Rainha, na semana seguinte, mas ainda assim era um belo lugar. Seguimos por uma das ruas bastante movimentadas aquela hora, passamos pontes sobre os canais e chegamos ao famoso Red Light District, o "Distrito da Luz Vermelha". A prostituição é legalizada na Holanda e esta zona é repleta de sex shops, bares com shows eróticos, cinemas e até um museu do sexo, é um bairro de prostituição e uma zona turística! Cada janela dos prédios ao longo das ruas é uma vitrina com mulheres seminuas em poses sugestivas convidando os homens a entrar. Mas não são só homens que se vêem a passear nesta zona, a maioria são grupos de turistas movidos pela curiosidade, tal como nós!
Red Light
Os Coffee Shops, onde é autorizado o consumo de drogas leves, estão espalhados por toda a cidade incluindo Red Light e também são grande atracção.
O dia já ia longo e decidimos voltar ao hotel para o merecido descanso.
No dia seguinte apanhamos o eléctrico até a Museumplein, a famosa praça dos museus. Aqui encontrámos os famosos Rijksmuseum (museu de arte e história), o Museu Van Gogh (com a maior colecção de pinturas de Van Gogh do mundo), o Stedelijk Museum (museu de arte moderna) e uma das famosas letras gigantes de I Amsterdam da cidade, cheia de gente pendurada que nem deu para tirar uma foto decente! 
Bloemenmarkt
Percorremos as ruas a pé até chegar ao Bloemenmarkt, o mercado das flores, um mercado flutuante, num dos canais mais antigos do país, o Singel e uma das atracções turísticas da cidade. Daqui saímos percorrendo as ruas e admirando os canais e os prédios com características únicas e muito interessantes. Notamos que todos eles, do mais antigo ao mais moderno, são um pouco inclinados e possuem uma espécie de gancho na parte superior. Descobrimos depois que, como são muito estreitos, os ganchos são usados para içar móveis para os andares superiores, uma vez que os edifícios para além de serem estreitos têm escadas íngremes, como aliás pudemos comprovar no hotel onde ficámos!
As mini-escadas do Hotel


Comida típica, uma delicia!
Para o almoço decidimos provar o famoso haring numa das barraquinhas tipicas que encontramos perto da estação. Haring é um peixe comido cru, acompanhado de cebolas e picles, mas nós não o comemos cru nem acompanhamos com picles, escolhemos antes outra versão acompanhada com pão, muito bom, mas não sei o que era!!
A casa mais estreita da cidade
As famosas Casas Barco
O número de canais em Amesterdão levou a que esta cidade ficasse conhecida como “A Veneza do Norte” e com tanto ainda para ver, decidimos fazer um passeio pelos canais no Lovers Canal Cruise e assim passamos por pontos turisticos populares como a casa de Anne Frank, o porto e o centro de ciência Nemo, a Hermitage Amsterdam (Galeria de arte), a Heineken Experience (museu na conhecida fábrica de cerveja) e as famosas casas barco, a casa mais estreita da cidade com apenas 120 cm de fachada. A largura exacta de uma porta e com uma janela no 2º andar. 
Casa de Anne Frank
Moinho em Amsterdam
Iniciámos o percurso pelos canais junto a estação e foi lá que terminámos. Depois apanhamos o eléctrico e fomos quase sem destino, só admirando a cidade e os cidadãos. Muito interessante é que nesse nosso passeio passamos por um dos moinhos de Amsterdam. Seguimos depois até a casa de Anne Frank, onde escreveu seu diário enquanto se escondia dos nazis com a sua família e alguns amigos, mas a fila para entrar era enorme e estava quase na hora de fechar pelo que muita gente ia ficar de fora e nós também, por isso seguimos caminho. Um pouco mais a frente encontrámos uma estátua de Anne Frank, próximo da Igreja do Oeste ou Westerkerk, onde Rembrandt está sepultado, mas o local exacto de sua sepultura é desconhecido.
Apanhamos novamente o eléctrico até Damplein e fomos ao museu de cera Madame Tussauds…



No museu de Amsterdam, a primeira parte conta a história da cidade, depois há uma passagem imprópria para cardíacos e crianças (porque assusta mesmo!) e no final o mais apreciado por todos, as estatuas de famosos!! Desde o Papa João Paulo II, a Lady Di, Jon Bon Jovi, Bono Vox, Jenifer Lopez e muitos outros….
Amesterdão....
Quando saímos do museu fomos jantar num restaurante perto do Red Light District e quando saímos estava já a anoitecer e resolvemos espreitar mais uma vez essas ruas ao final do dia, com menos luzes mas ainda assim com muitos turistas.


Amesterdão é uma cidade lindíssima com gente descontraída e em cada canto um lugar com história.
Algumas casas são mesmo inclinadas!

15/06/2011

Keukenhof

 
um mar de tulipas...


Saímos de Rotterdam de comboio em direcção a Amsterdam, mas decidimos sair em Schiphol, porque queríamos muito visitar Keukenhof, também conhecido como o Jardim da Europa, fica perto de Lisse, e é o maior jardim de flores do mundo.

Orquídeas, lindíssimas.
A estação de comboio é dentro do aeroporto, e resolvemos guardar a bagagem que levávamos nos cacifos guarda-volumes próprios para isso. Foi muito simples e o preço era de acordo com o tamanho do cacifo pretendido. Nós escolhemos um de tamanho médio e pagámos 6€ por 24h, mas claro que íamos apenas demorar umas horas. Mesmo em frente a saída do aeroporto encontramos uma barraquinha a vender bilhetes de autocarro com entrada incluída para Keukenhof. Havia transporte de 15 em 15 minutos mas a fila de espera era enorme e os autocarros iam sempre cheios. Só conseguimos ir no terceiro autocarro que parou e a viagem levou pelo menos 40minutos.  
 De acordo com a página oficial do parque Keukenhof, sete milhões de bolbo de flores são plantados anualmente no parque e está aberto anualmente desde a última semana de Março até meados de Maio. Em 2011 abriu entre 24 de Março e 20 de Maio e a melhor altura para ver é em meados de Abril quando há mais flores abertas. Todos os anos o parque expõe um tema diferente. Este ano o tema escolhido foi "Alemanha: país dos poetas e filósofos" e foram elaborados canteiros de flores formando desenhos em referência a esse tema. 
É incrível a variedade de formas e cores das tulipas. Mas, mesmo sendo em maioria, o parque não são só as tulipas, também encontramos jacintos e narcisos de todas as cores e há uma grande variedade de árvores a arbustos, um pavilhão com as mais belas orquídeas e outros com exposições referentes ao tema do parque.
Campos de flores em Lisse




 Os campos de tulipas que rodeiam o parque também são de uma beleza e cor impressionantes. O jardim é enorme e passámos lá grande parte do dia, percorrendo todos os cantos para que nada ficasse por ver.
Apanhámos o autocarro de regresso ao aeroporto, fomos buscar as nossas malas e descemos para a estação pois tínhamos de ir de comboio para Amesterdão.

13/06/2011

Rotterdam





Chegamos cedo ao aeroporto de Eindhoven, dali teríamos de apanhar o autocarro que nos levasse à estação de comboios, para seguirmos para Rotterdam. Nada mais fácil! À saída do pequeno aeroporto, do lado direito havia uma barraquinha a vender bilhetes para os autocarros e as paragens eram mesmo em frente. Sabíamos que teríamos de ir no 401 até à estação central de Eindhoven e ali apanhar o comboio para o nosso destino.
Erasmusbrug - a Ponte Erasmus.
Quando chegamos a Rotterdam, pegámos no mapa que levávamos para nos orientarmos no caminho do Hotel. Pelo caminho encontramos um café-restaurante com nome muito português: a Taverna. Decidimos entrar e comer ali qualquer coisa, logo nos deram indicações para o hotel e depois como chegar a Ponte Erasmos, a Erasmusbrug. O ambiente, a comida, a música e as pessoas que entravam davam-nos a sensação que ainda estávamos perto de casa! Já com a barriga cheia e depois de nos instalarmos no hotel, saímos para conhecer a cidade, famosa pela arquitectura e por ter o maior porto da Europa e até 2004 era também o mais movimentado do mundo! A cidade, que foi praticamente toda destruída durante a segunda guerra mundial, é bastante moderna e organizada. 
Até à Erasmusbrug percorremos uma extensa avenida, com vias para automóveis, peões e bicicletas muito bem delimitada. Passamos pelo museu do porto e pelo passeio da fama de Roterdam, com as marcas das mãos e dos sapatos de famosos como os Scorpions, Elvis Costelo, Carlos Santana, Bon Jovi…
Euromast
Vista de Rotterdam do Euroscoop
Casas Cubo
Por fim chegámos a moderna ponte, conhecida como “O Cisne” e seguimos até ao. Euromast, a maior torre de vigia da Holanda. O caminho foi agradável pelas típicas ruas junto ao rio e depois por um belo parque até à entrada da famosa Torre. Estávamos decididos a subir e experimentar os novos elevadores automáticos superspeed até a plataforma. De facto são super rápidos e num abrir e fechar de olhos já estava a 96m de altura. Para mim já era alto o suficiente mas fui desafiada a subir por uma escada exterior (medonha) até à entrada do Euroscoop… depois entramos para uma espécie de câmara circular, escura e com bancos a toda a volta, e quando percebi onde me estava a meter foi quando fecharam a porta e começou a subida no elevador panorâmico rotativo até aos 185m. Quando descemos, reparei que havia um elevador interior ate à plataforma e já não precisava descer as temíveis escadas! Mas foi giro e valeu a pena ir até mesmo ao topo e ver a cidade lá de cima.
O dia estava a chegar ao fim mas não sem antes dar uma espreitadela à originalidade da arquitectura holandesa: as casas cubo. São de facto bastante originais e engraçadas.
Moinho de Kinderdijk
No dia seguinte acordamos cedo para irmos a Kinderdijk, já que estávamos na Holanda não podíamos deixar de ver os seus famosos moinho e escolhemos o aglomerado de Kinderdijk, com 19 moinhos, património da humanidade e perto de Rotterdam.
Kinderdijk
Chegada a Roterdão.
Achamos que seria mais fácil ir de barco, já que fazem dois passeios diários para Kinderdijk, um as 10h30 e outro as 14h, com a duração de pouco mais de 3h. Decidimos ir logo de manhã e assim teríamos o resto do dia para caminharmos por Rotterdam. Os passeios partem do cais perto da Erasmusbrug, mas quando lá chegamos a primeira viagem tinha sido cancelada e a próxima era só as 14h… O senhor que estava na bilheteira foi bastante simpático e aconselhou-nos a chegar antes das 13h30 para podermos arranjar lugar na esplanada, pois previa que ia haver muita gente. Tínhamos então muito tempo e resolvemos atravessar a ponte e espreitar os enormes edifícios do outro lado do New Maas. Procuramos depois um local para almoçar e voltamos ao cais. O senhor da bilheteira tinha razão, o barco encheu-se de turistas rapidamente e à hora marcada lá fomos subindo o rio, passando por fantásticas pontes e constatando o facto de Roterdão ter mesmo o maior porto da Europa. A subida demorou cerca de 1h, a descida do rio seria também de 1h, pelo que restava apenas 1h para percorrer e admirar os moinhos. Conseguimos ver os 19 moinhos que fazem parte do complexo mas decidimos não visitar o único moinho que está aberto ao público, a fila para entrar era enorme e o nosso tempo estava contado. Aconselho a quem vá a Rotterdam a fazer um desvio e visitar Kinderdijk, vale mesmo a pena. 

Interior das Galerias da Passage em Haia
De volta a cidade, decidimos ir jantar a Den Haag, (Haia em português) pouco passava das 17h30 e seguimos ate a estação de comboios e seria cerca de 30min ate a estação central de Den Haag. É a terceira maior cidade da Holanda e é a sede do governo. Percorremos a parte histórica da cidade e comemos num simpático restaurante italiano.
Museu Mauritshuis
Já estava escuro quando chegamos a Hofvijver um pequeno lago na parte externa do Binnenhof casa superior do parlamento holandês. Mesmo ao lado encontramos Mauritshuis um museu mundialmente famoso que contém trabalhos dos mestres holandeses. 
Hofvijver Den Haag

Seguimos para a estação para voltarmos a Rotterdam, no dia seguinte iríamos para Amsterdam.

Holanda


Estava decidido que as férias este ano seriam na Holanda e para melhor aproveitar o que este país tem para mostrar, o melhor seria ir entre Abril e Maio, pois é quando os campos estão floridos e podemos visitar Keukenhof
Claro que para quem viaja com a “mochila as costas” tem de ser tudo bem estudado antes, os trajectos para os hotéis, as deslocações entre cidades e os principais atractivos de cada local.
Viajamos em low-cost para Eindhoven e dali seguimos directamente para Rotterdam, de comboio. Ficamos 2 dias em Rotterdam depois seguimos para Amsterdam, onde ficamos mais 2 dias e da capital da Holanda apanhamos o comboio para passar dois dias em Antuérpia, na Bélgica. Dali regressamos a Eindhoven, onde passamos a noite para no dia seguinte regressarmos a Portugal.
 Pelo caminho visitamos Kinderdijk, a maior concentração de moinhos antigos (19 no total que datam de 1740); Keukenhof também conhecida como o Jardim da Europa e o maior jardim de flores do mundo; Den Haag, Haia em português, a real sede do governo, cidade referida como "a capital jurídica do mundo"; e num impulso do momento, sem nada planeado, decidimos ir a Bruxelas e a Mini Europa, um parque com uma exposição permanente de monumentos europeus em miniatura, mesmo ao lado do Atomium, um dos símbolos de Bruxelas.

09/06/2011

Disneyland




A entrada do Parque.

A ida a Paris não ficava completa se não fossemos a Disneyland!

A casa assombrada

Tínhamos decidido ir a um dos parques temáticos de Paris, num dos pontos de informação turística espalhados pela cidade encontrámos uns panfletos que ofereciam uma entrada grátis na compra de outra para o Parque Astérix! Estava decidido. Mas quando nos pusemos ao caminho mudamos completamente de ideias… A Disneyland era onde todos queríamos mesmo ir! E foi para onde fomos e onde passamos um dia inteiro deliciados como quatro crianças!!  O parque está dividido em 5 áreas: Mainstreet, Frontierland, Adventureland, Fantasyland e Discoveryland. 



Frontierland


na casa da Familia Robinson

Em cada uma há uma estação de comboio onde se pode subir ou descer ou simplesmente dar a volta toda ao parque para se ter uma noção geral do parque. Nos começamos por Frontrierland, terras de índios e cowboys. Fizemos uma viagem de barco pelo rio, com pormenores muito interessantes como as cabanas a beira-rio, os alces e as tendas de índios. Seguimos para a casa assombrada…Entramos na biblioteca e tem-se a sensação que estamos descendo para o porão, pois os quadros vão subindo. Comodamente sentados em cadeiras individuais percorremos os terrores da casa. Comemos num dos muitos restaurantes nesta área decorados convenientemente. Aqui apanhamos o comboio e demos a volta ao parque. Claro que para não perdermos nada saímos no mesmo local! Seguimos para a cabana da família Robinson, feita numa árvore ilustrando o modo como esta família supostamente vivia. Descemos ao interior da Terra, passamos pontes suspensas e entramos na terra dos piaratas para um passeio de barco, com cenas muito reais, como uma batalha entre um navio  pirata e um forte, depois passamos por vilas cheias de situações animadas e muito bem feitas. Saímos de lá um pouco molhados.

A montanha russa do Indiana Jones é um pouco assustadora e conta com um looping, mas entrando já não da para voltar para trás! Depois de todas estas animações procuramos algo mais calmo na Fantasyland e demos um passeio de barco bem calmo por “ It’s a Small World”Bonecos com fantasias representando vários países e cenários coloridos com trajes típicos encantam as crianças e adultos também. Fomos as Castelo da Bela Adormecida e dávamos mais umas voltas pelo parque quando anunciaram o início da Parada, aproveitamos para comprar umas pizas para comermos enquanto assistíamos ao desfile dos heróis da Disney. 

A casinha da Branca de Neve e dos 7 anões.

As princesas e príncipes na Parada

Procurando algo mais calmo depois lá fomos para mais um passeio de barco pelo pais do conto de fadas, com todas as historias que povoam o nosso imaginário de infância, desde a casinha da Branca de Neve e a mina dos 7 anões e o castelo da Bela e o Monstro. Entrámos depois numa aventura da guerra das estrelas na área de Discoveryland. Pensando que ia ser uma experiência calma deparamo-nos com um simulador com  movimentos turbulentos. Estávamos numa nave espacial dirigida por um robô completamente maluco. Os efeitos são espectaculares e parece que vamos cair no espaço a qualquer momento!
Estava a anoitecer e dirigimo-nos de novo a frontierland para a montanha russa big tunder, um passeio pelas minas abandonadas. 

Big Tunder: a montanha russa na mina abandonada.


O pior de tudo são as filas para cada diversão, mesmo assim experimentamos praticamente tudo o que havia para experimentar, passamos lá o dia inteiro!


Pormenores durante o passeio no Mississipi.

A meia-noite, no encerramento do parque, pudemos assistir a outra parada e ao fogo-de-artifício! Adoramos a experiência e concordamos que o parque divertia mais os adultos que as crianças! Pois há muitas diversões que os miúdos não podem entrar, pela altura e pela idade!